Chico Xavier, cujo nome completo é Francisco Cândido Xavier, nasceu em 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, e faleceu em 30 de junho de 2002, aos 92 anos, em Uberaba, Minas Gerais, devido a um ataque cardíaco. Além de ser conhecido como um médium, Chico Xavier destacou-se como filantropo e um significativo representante do espiritismo no Brasil.

Ao longo de sua vida, Chico Xavier escreveu mais de 450 livros, com mais de 50 milhões de exemplares vendidos até 2010. Os direitos autorais dessas obras foram doados a instituições de caridade. Ele também psicografou cerca de dez mil cartas, sem cobrar nada dos destinatários. Apesar de trabalhar como vendedor, tecelão e datilógrafo, Chico Xavier viveu de maneira simples com o salário recebido do Ministério da Agricultura.

O legado de Chico Xavier ultrapassou fronteiras religiosas, sendo reconhecido como o maior líder espiritual do Brasil. Ele recebeu homenagens, sendo indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1981 e 1982, eleito O Maior Brasileiro de Todos os Tempos em 2012, e agraciado com a Comenda da Paz Chico Xavier em 1999 pelo Governo de Minas Gerais.

Sua infância foi marcada por dificuldades, tendo perdido a mãe aos cinco anos e enfrentado abusos da madrinha. Sua mediunidade manifestou-se aos quatro anos, e aos 17, diante da insanidade de uma irmã, iniciou suas atividades mediúnicas. Ao longo das décadas de 1930 e 1940, Chico Xavier publicou obras significativas, como "Nosso Lar" (1943), que se tornou um filme em 2010.

Chico Xavier enfrentou críticas e polêmicas, incluindo o caso judicial relacionado às obras atribuídas ao espírito de Humberto de Campos. Ele também participou de programas de televisão, destacando-se na entrevista ao vivo no programa Pinga-Fogo, em 1971.

Nas décadas de 1980 e 1990, Chico Xavier continuou seu trabalho social, fundando instituições de caridade. Após sua morte, em 2002, seu legado persiste através dos centros espíritas que ele fundou. Sua habilidade de psicografar mensagens de espíritos falecidos foi reconhecida em casos judiciais, e estudos científicos apontaram a autenticidade de suas psicografias.

Chico Xavier faleceu no dia 30 de junho de 2002, em um momento em que o Brasil celebrava a conquista da Copa do Mundo FIFA, conforme previra para não causar tristeza. Seu velório reuniu cerca de 120 mil pessoas, e os centros espíritas que ele fundou continuam ativos, promovendo assistência social. O Ministério Público Federal de Uberaba firmou um acordo para proteger e catalogar o acervo do médium em 2014.